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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Warlock: Master of the Arcane

Magia, monstros, exércitos e inúmeros conflitos é o que se pode esperar do novo título da Ino-Co Plus, a mesma companhia responsável por jogos como o Fantasy Wars ou o Elven Legacy está de volta. Warlock: Master of the Arcane é a sua mais recente incursão num género que eles conhecem melhor do que ninguém e o resultado é um título sólido, viciante e capaz de proporcionar a qualquer fã de estratégia muitas horas de diversão.

Warlock: Master of the Arcane é então um jogo de estratégia por turnos.

  • Não sabem o que isso significa?


Trata-se basicamente de um estilo de jogo de estratégia no qual se joga à vez, quase um género de jogo de tabuleiro virtual mas muito mais dinâmico como é óbvio.



Bem vindo ao mundo fantástico de Warlock: Master of the Arcane…

O jogo vai buscar alguma inspiração a títulos como Civilization, aliás basta olhar para o seu visual para perceber as semelhanças. Nós movimentamos as nossas unidades e construímos edifícios numa “grid hexagonal“, em cada turno cada uma das nossas unidades possui um número limitado de movimentos, quando estes são gastos acaba o nosso turno e é altura de permitir que a concorrência faça o mesmo.

Agora que a apresentação ao género foi realizada vamos ao jogo propriamente dito. Em Warlock: Master of the Arcane nós entramos no fantástico mundo de Ardania e nele vestimos a pele de “Great Mage“, um título atribuído apenas aos feiticeiros mais poderosos e que têm a seu cargo impérios. O objetivo é a conquista total do território, no entanto para o conseguirmos cumprir será necessário aniquilar toda a concorrência que nos aparecer pela frente, uma tarefa que não será nada fácil.



O inimigo a derrotar pode ser o nosso vizinho do lado…
Warlock: Master of the Arcane é principalmente um jogo dedicado ao conflito. Toda a construção e expansão que realizamos é feita única e exclusivamente tendo a guerra como principal objetivo. É verdade que existem opções através das quais podemos tentar dialogar ou estabelecer tratados de paz com os nossos adversários, mas confesso que as achei um pouco contra a corrente daquilo que é o jogo na sua essência.
Nós começamos com uma simples cidade, alguns edifícios e uma unidade de arqueiros e guerreiros, sendo que os primeiros são excelentes no combate à distância e os outros exímios no corpo-a-corpo. A partir desse momento é altura de começarmos a expandir e explorarmos o território. Na primeira vez que jogamos um tutorial vai-nos acompanhando a cada nova tarefa que surge, uma ajuda preciosa especialmente para quem não está habituado a jogar títulos de estratégia por turnos.
A boa notícia é que Warlock: Master of the Arcane é simples, “quiçá” talvez um dos jogos de estratégia mais simples que andam por aí. Ora isto significa que ele pode também ser um bom ponto de partida para quem se quiser iniciar no género. A Ino-Co Plus foi na minha opinião inteligente na criação deste jogo porque, sejamos francos, os títulos de estratégia não são nem de longe nem de perto os mais populares do mercado. Seja por serem demasiado complexos ou porque lhes falta a ação “blockbuster consolesca” de outros títulos, a realidade é que muitos deles passam despercebidos.
Isto não significa que Warlock: Master of the Arcane é super-simples, afinal de contas ele ainda é um jogo de estratégia e como tal possui alguma da complexidade característica do seu género, todavia quando comparado com outros títulos de estratégia por turnos ele é de facto um dos mais acessíveis que andam por aí. Os veteranos não terão qualquer problema para o dominar e os novatos vão compreender rapidamente a mecânica de jogo e, espero eu, passar a gostar deste género.


Começamos de forma modesta, mas não se preocupem o império cresce rapidamente…
É também óbvio quando nós começamos a jogar que Warlock: Master of the Arcane vai buscar inspiração ao “velhinhoMaster of Magic. Quem por acaso é da “idade da pedra” de certeza que reparou logo nas semelhanças, o cenário de fantasia, a necessidade de expandir o império e derrotar adversários, está lá tudo. Mas nada disto é negativo, longe disso, é mais ou menos uma oportunidade para os “gamers de hoje” compreenderem o tipo de jogos que os “gamers de ontem” jogavam e, verdade seja dita, fora o grafismo não eram assim tão diferentes.
Mas voltemos ao nosso império. No início “a coisa” começa de forma modesta com uma só cidade, cabe-nos então iniciar a expansão que arranca com a construção de edifícios e unidades para o nosso exército. Neste ponto a simplicidade volta a desempenhar um papel fundamental para que o gamer compreenda a mecânica de jogo. Para além de um tutorial, sempre que é a nossa vez de jogar somos alertados para as tarefas que temos de realizar. Há uma nova cidade para construir; existem unidades do nosso exército que não se moveram; há um novo feitiço para investigar e por aí fora, todas estas pequenas tarefas surgem através de ícones que aparecem do lado direito do ecrã e facilitam muito a gestão do nosso império, especialmente quando ele cresce e nós passamos a ser responsáveis por várias cidades.


Há muito para fazer, mas o jogador nunca perde o "fio à meada"…
A expansão é digamos…um exercício de preparação. Pelo caminho nós vamos tornando as unidades dos nossos exércitos mais fortes, isso acontece porque existem sempre monstros por perto que atacam as nossas cidades e exército, bem como existem cidades neutras que apesar de serem preza fácil ainda oferecem alguma resistência e a sua captura funciona como um treino ideal. A cada ataque as nossas unidades ganham experiência, tornam-se mais fortes e vão ganhando “perks” que são importantíssimos para garantir a sua sobrevivência e supremacia no meio do campo de batalha.
Warlock: Master of the Arcane é deliciosamente viciante e dá um prazer enorme “montar” o exército perfeito enquanto simultaneamente damos cabo dos nossos adversários. Construir um bom exército é só por si uma tarefa desafiante, é necessário conhecer-se bem as unidades e saber jogar com os seus pontos fortes e fracos, um avanço em falso ou uma precipitação podem significar a morte do artista. Tal como qualquer outro jogo de estratégia por turnos é importante planear as jogadas com cuidado de forma a que estejamos sempre em vantagem.
O nível de dificuldade vai oscilando, por um lado derrotar o ocasional grupo de monstros que vamos encontrando ou conquistar cidades neutras não é difícil, pelo outro quando defrontamos um “Great Mage” a coisa muda de figura. A nossa sorte é que no momento em que encontramos uma nova “Great Mage” não precisamos de entrar logo em guerra, pelo contrário podemos continuar a desenvolver o nosso império até que ele esteja preparado e só depois declarar guerra. Existe contudo a possibilidade de uma “Great Mage” declarar guera aberta antes de nós, algo que curiosamente nunca me aconteceu.
Regra geral os jogos de estratégia por turnos não são populares por serem fáceis e existem momentos em que o nível de dificuldade de Warlock: Master of the Arcane dispara, o que pode ser frustrante para alguns jogadores. Não obstante é também um dos jogos mais recompensadores quando finalmente conseguimos superar um obstáculo.
No que diz respeito ao grafismo, o cenário de fantasia é extremamente apelativo. Cheio cores e unidades variadas (orcs, vampiros etc…), nós sentimos que estamos a gerir um exército digno de uma história de um “Senhor Dos Anéis” ou “Harry Potter“. Até as animações das personagens, bem como os feitiços e edifícios estão muito bem feitos, nota-se que o pessoal da Ino-Co Plus trabalhou seriamente e há alturas em que o jogo é um verdadeiro regalo para os olhos.

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